quinta-feira, 29 de setembro de 2011










poesia não é pastel
pra sair na hora.
aflora.
além da pressa
e da demora,
no vão do tempo
e da memória.
no substrato da ideia
a imagem
busca o trajeto.

poesia não é projeto
a ser aprovado
por acadêmicos
mal humorados,
inchado de tanto saber.
no bastidor de um gemido,
dançam várias palavras
que trazem algum sentido
ao vazio do texto.

poesia não é pretexto
para comer mulheres.
no tilintar dos talheres,
na dissonância das falas,
no alvoroço dos carros
é que a poesia acontece.

desce e dobra a esquina,
bebe um rabo de galo
acende um velho cigarro
e vai encontrar o poeta
que dorme sob a sarjeta.

poesia não é gorjeta
pra ser dada em sinal fechado.
e esse anjo 
sentado ao meu lado
disse ser poesia
a explosão do silêncio.













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