terça-feira, 31 de agosto de 2010

poesia feita pra moça que gosto. espero que em setembro possamos nos entender. as vezes analiso errado as situações e tomo atitudes incoerentes. mas só erra quem faz, né? e eu nunca que me abstenho de agir. estagnado nunca estarei.
cara querida; não demore.
é primavera!





existem casas sólidas
que despencam
dos barrancos.
são tantos os solavancos,
mas nem todos
trazem prantos.

loucas maneiras
de procurar
no que se achar.

é tão difícil entender
que do nada
tudo descamba
a acontecer?

eu acredito no bonito.
no mundo que faço
e existo.

as vezes me mirabolo,
me analiso
e me consolo.

ai meto o riso na cara
e quero que a vida
não para.

viro aquele bufão
que lê mão
e canta fígaro.
aquele poeta zíngaro
que é amigo virtual.
no fundo
sou um sentimental
desses tipo gardenal.

meu bem, no fim eu espero
é ter na vida o esmero
daquele mistério gozoso.
o seu abraço gostoso
que me deixa ponto fraco.

o alicerce
do meu barraco.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

recebi a grata visita da michele que trouxe o luca pra brincar com os bb´s, que estavam aqui nesse final de semana. eu disse a ela que ia fazer um macarrão nervoso e ela chegou com varias brejas eu um frango de padaria. tarde perfeita! estavamos lá ouvindo um som quando toca a campainha. o davi desceu pra ver quem era. era a mulher do IBGE. no cense. falei pra michele: "vamu dá um nó na cuca dessa lôca?" ele disse: "demorô!" falei pro davi mandar a moça subir. ela subiu simpatississima. perguntei se demorava. ela disse: "depende da maquininha". era um mecanismo parecido com um celular onde ela coletava as respostas através de toques com uma canetinha. primeira pergunta dela: "quantos banheiros tem na sua casa?" putz! bizarro! perguntou se a casa era alugada, quanto eu ganhava, se alguem da familia tinha morrido recentemente e se eu morava ali sozinho.
essas cinco perguntas me levaram para o questionário básico. isso mesmo. tem o questionário básico e o complexo. o governo não se interessa por homens solteiros que ganham pouco e não tem porra nenhuma e nem receberam nada de herança recentemente. percebi que o que eles querem saber mesmo é minha renda.
mas a pergunta que ela fez e que nos leva a esse post foi: "como você define sua raça: parda, branca, negro ou indio?" na lata disse: "indio." ela ficou surpresa e disse: "vou fazer perguntas pra indio aqui..." eu disse: "manda." primeira pergunta dela: "qual etnia ou grupo indígena você descende ou faz parte? eu disse: "da tribo dos kukukaya". kkkkkkkkkkkkkkk.. ai não tinha. ai eu fiquei no basicão. branco. a agata fez a rubrica na tela da maquininha e ficou por isso mesmo. quem sabe daqui a dez anos...






eu,
com muito merecimento,
tenho uma certidão de nascimento.
nasci certinho.
se me entortei
foi no caminho
que logo me fez perceber
como o mundo é cruel...

já naquele papel
questionavam minha raça.
como quem vê
quem passa ou não passa
nas portas dessa babel.

o que pôr naquele campo?
que sou indio,
negro
ou branco?
é a isso que se resume?
toda a minha história
e os meus costumes?
nessa denominação sem graça?
raça?

tenho a raça dos iorubás,
dos portugueses
e dos tupinambás.
raça pra ganhar mundo,
de não hesitar nem um segundo
para melhoria buscar.
                                                                                                                             
ninguém embaça
na minha raça,
pois com ela
faço o que quero.
não tem patrão, policia
ou clero
que me reduza a zero.


Sou nordestino.
Sou menino.
Sou do sul.
Sou do pará.
Sou dos cantos
do espírito santo.
Sou banto.
Sou marajó.
Sou pataxó.

e só tenho a agradecer
esses genes que recebi.
esse gene misturado
pelos meus antepassados
que fazem do meu existir
essa grande miscelânea.

essa energia espontânea
que corre na minha veia;
todo hora
todo dia
toda semana...
que só me dará alento
quando vir, no tal documento
escrito apenas: raça humana!







quarta-feira, 25 de agosto de 2010

eita eita. essa é novinha. para a minha noivinha. como diz o tico: "sempre terei todas as mulheres que tive". saudade bate na mente de jeito diferente. e eu não tenho preguiça, né gente? e pedido de quem me pede, deus me livre d´eu negar... hehehehehe







mulher que vejo de longe
e parece miragem.
age no meu cerebelo
com desmantelo
digno de trsunami.
a simples menção
do seu nome,
dai-me priapismo.
consome
meu juízo.
deixando-me
impreciso 
e sem proceder.
deus me livre de você
e do seu embarulhamento
que nasce no exato momento
em que te fazes presente.
as vezes somente na mente;
o efeito é evidente...
não sei mais daqui pra frente.

ai jexus!
eu não sei o que eu faço.....






a sua lembrança
vem permeada
com gosto de sonho
da madrugada
que me fiz menino
e cometi o desatino
de te querer fremente.
bom foi que, felizmente,
não fui tão imprudente.
eita serpente; eia!
agora a coisa é séria.
o seu canto de sereia
tá fraco ai da sibéria.

domingo, 22 de agosto de 2010

caso com minha casa. acabo de chegar de mais um dia estafante de trabalho, dada a festa de ontem. hehehehe. mas me sinto leve e gratificado por poder fritar meu peixinho e tomar uma dose da gameleira que o peléca me trouxe de maceió. sou senhor desse pedaço de lagem. aqui escrevo. aqui sozinho, me conheço.
a musica emana do radinho e deixa a casa com jeito de útero. beeeem aprazível! bom ter esse canto minha cara pra devanear e descansar, pois a lida da vida me chama  amanhã...










tenho em casa
sempre comigo
um caju muito
meu amigo.

pinga com maguary
sempre me faz rir.
e rindo 
estou em casa...

é lindo
como a brasa
que põe fé
no coração.
ai eu quero ouvir um som!
e tem que ser robert johnson!

pra que eu grite alto.
pra que eu cante forte.
uma jogada de corpo antiga
que mostre q´eu sou de briga
e espante a morte!
e ela aborte
seu planos pra mim.

ela sabe que sou assim.
e os irmãos dela também.
destino, sonho, delírio...
e até desespero vem.
os encaro sem martírio
e eles todos me convém.

sábado, 21 de agosto de 2010

acabo de chegar da batida do coração. emoção sem noção, só em ser tanta mente... zinho mais uma vez, fez festa coerente com a nossa gente. superou. lotou o novo o bang com um povo interessante. maca, peléca, dani, luciana, janaina, jairão, fernanda, léo, gog, nóog, casulo, janifer, franja e outros tantos que  entoaram cantos de baixar santos. tudo em nome de Solano Trindade.
variedade em posteridade; liberdade!









SOLANEANDO
                                                                                                                                                
pra mim,
trindadeiro,
poeta fuleiro
na estrada
da quebrada;
era batata!,
que mais cedo ou mais tarde,
trombaria com
Solano Trindade.

pernambucano
com tutano
visionário
em horário integral.
saiu da terra natal
pra proliferar
a poesia
a arte
e tudo que dela faz parte...

e nessa primazia,
fez engajamento
que até hoje dá sustento
à cultura brasileira.

colá lá no embu
pavê q eu num tô
falando besteira.
lá tem muito mais que a feira...
tem quilombo cultural!!!

e dado todos esses anos
bolamos planos
de afirmação.
de identificação
da comunidade
com o cidadão.

poetas que tem essa benção                                                                    
não cairão
no esquecimento.

Maria, Zinho
Raquel, Manuel
e quem mais vier
no hip-hop
no candomblé...
tudo seguirá
com luta e amor

salve o precursor
da paz, justiça e liberdade:
SOLANO TRINDADE



                                                                                                                              


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

essa letra eu pensei num domingo a tarde que tava eu, o davi e a ágata num parque que tem ali atras da verbo divino. estavamos só lá.  eles brincavam em um tanque de areia. o davi achou um aviãozinho de ferro enterrado ali no meio. tenho ele até hoje. tinha micos. pior que pombos. totalmente deslocados e famintos. eu também estava. logo logo eu os leveria em diadema e só daqui a quinze dias. foi uma tarde gostosa, mas lembro que eu estava triste. essa poesia saiu na antologia "uma poesia no céu da boca" da edições toró.






sabiá canta no parque                                                                             
criança faz arte
no pé de amora
tudo melhora

a paz
que esse
momento traz
não tem comparação

a realeza de Davi
a alvura da Ágata
altera minha percepção

risada macaca
no último galho
subiram sem trabalho

fui eu quem ensinei
correm pela
minha lei
fazem tudo sem medo

observo os pés pretos
pressionando a terra
deixando minha pegada
                                      eterna



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

tupã

essa poesia eu fiz tentando visualizar minha vida. bizarra, não? as vezes me vem uma angustia que não suporto alojar. ai eu escrevo. só que nesse caso, já estava eu no meio do texto, quando percebi que estava escrevendo para uma garota que me fez uma desfeita recentemente. e eu pensando que já tinha sarado...





ouça o que lhe digo:
a vida é de caráter
instrutivo.
cheia de signo benigno
e nocivo.

faço um plano
insano
pra dar sentido
ao que tem sido
o meu diário
presente.

assisto o passado
na tela da mente
e de lá sai café filtrado:
obscuro,
forte
e quente.

A fé que me ampara
é que um dia, minha cara,
essa doença sara
sem o dito gardenal.

e eu ache tudo bonito.
e eu ache tudo normal.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

essa poesia eu fiz quarta passada indo pra cooperifa. a noite estava fria e eu estava bem agasalhado. eu já tinha dado uma caminhada e quando comecei a subir aquele puta ladeirão foi me dando um calor da porra e eu não queria parar pra tirar as blusas pra não perder o pique da subida. véio é uma merda. nessa hora, passei em frente a uma igreja evangélica onde uma mulher cantava uma musica que dizia mais ou menos assim: " aqui do lado do altar esta muito calor. é a fogueira abençoada do nosso senhor..." mais ou menos isso.
ai eu pensei com meus butão: "caralho! esse nosso senhor ta aqui do meu lado também." e fiquei muito grato à alguma dessas forças invisíveis do universo por me proporcionar a potência para eu estar subindo aquela ladeira em total controle das minhas forças motoras. sei que não parece nada. mas naquela hora me foi tudo.
eu já tinha uma preparada pra ler lá, mas assim que cheguei no bar do zé batidão, me instalei numa mesa, pedi um sufresh de uva e me pus a escrever, ainda encharcado dessa idéia. eis:











numa boa?
deus hoje esta aqui
na forma da minha pessoa.
eu sou seu maior milagre.
vida me arde.
arte me invade.

ando na cidade
despreoculpao
pra todo lado
que brilho,
levo a escência
do meu filho:
alegria esperança.

e vendo,
nessas andança,
tanto ego
e conflito,
reflito
e acho bonito
o meu sagrado
proceder.

gosto muito de beber
e otras cositas más...
mas nunca serei capaz
de enganar um irmão.
talvez algum vacilão
por quem eu sinta vergonha.
mas longe de mim
a peçonha
que vejo escorrer
da mente
de tanta gente
a mim
indiferente.

não deixo esse povo
 me afetar.
nervoso
não gosto de estar.
sou só um menestrel
de paixão infiel
que esta sempre
no céu.

por isso digo sem temer:
"deus;
eu sou tipo
você."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

essa poesia eu fiz para uma mulher por quem fui muito apaixonado, mas ela só queria me comer. aparecia de vez em quando lá em casa. degustava um vinho, saboreava uma muqueca de peixe e amanhecia por lá. depois sumia por semanas, deixando-me sorumbático e confuso. mas isso logo sarou e a mandei sumir de vez. ainda bem que ela é muuuito desobediante. hehehehe



 




mulher vilã.
leviana.
de paixão vã.

dona
da minha caixa toráxica.
densação máxima.
sem razão.
pois o seu coração
não bate um minuto por mim.

e a esfinge pergunta:
“porque ela é assim?”
vem e finge que cuida
do meu jardim.

sei que uma hora
melhora essa fossa.
é só eu ficar mais zen
que ela vem.

ela vem...
as vezes demora,
mas quando vem; nossa..!
essa ai eu não sei não...





sendo eu
um bufão.
um poeta
sem noção
de métrica
e direção
que me leve
a perfeição,
sigo cego
de paixão
por essa
minha opção
de ser esse
vil cidadão
nessa terra
de barão
que odeia
insurreição.
só darei redenção
pra esse bando
de cuzão
quando eu estiver
no caixão.
e mesmo nessa 
situação,
vai reverberar
o meu não,ão,ão
ão,ão,ão,ão,ão,ão

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

primeiro dia da bienal do livro. necessária como um arroto na missa. idéia para outros posts...
enfm; lá estava eu trabalhando no estande da editora quando vejo vir por largos corredores encarpetados, Marcos Pezão. querido papa. chamo ele. abraços, risos...me ilumina. "o povo da brasa vai fazê o sarau daqui a pouco ali em baixo. quando começá os tambô, colá lá!" claro que eu ia!
eu já estava meio acabrunhado de já estar ali de pé a quase dez horas, vendo gente esnobe passando de um lado pra outro (tinha bacana também, mas os esnobes eram a maioria).
acabrunhado também ficava eu vendo tantas gostosas passarem pra lá e pra cá, com suas roupas moderninhas e cabelos bem cuidados e eu ali pregado no pelourinho. enfim...
rápido como quem furta, escrevi essa fuleragem. a qual li no dito sarau e o povo achou legal.
vê se pode...





hoje vi algumas bundas
fenomenais.
bundas oriundas
nos anais da criação
de tudo que é bom.

causa-me frisson
a visão de bundas
rebolantes.

fantasias mirabolantes
pululam minha mente.
e eu, inconsequente,
quebro o pescoço
na frente do moço
que é dono da bunda...

penso na tunda.
ele me encara,
minha libido
afunda.

a minha cara
não é o cara;
é a bunda!



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

esse cordel eu escrevi à alguns anos atrás, quando eu morava em uma pensão na joaquim nabuco lá em cima, perto da washington luis e muitas vezes, vindo das farras, descia no corredor da av. santo amaro e tinha que atravessar quilometros, madrugada a dentro, pra chegar no meu quartinho. não foi uma nem duas vezes que passei por aquelas quarteirões perfeitos (que só tem na area dos boy) totalmente bêbado e quando eu tinha cigarro, não tinha isqueiro. tendo isqueiro; sem cigarro. parecia praga. notando a repetição do ocorrido, na caminhada mesmo comecei a escrever.
foi assim:







A PELEJA PRA ARRUMAR UM ISQUEIRO NA MADRUGADA    




Os cabra lá do sertão
vira e mexe vê o capeta.
Sei não se é pelas cachaça
o si é por causa das seca.
Dado isso narro-lhe um causo
que quase me deixa zureta.

Tava eu na madrugada
bebidinho, bebidinho...
Era sexta, lua cheia;
e caminhando sozinho
pensava se ascendia
o último baseadinho.

Subia a Joaquim Nabuco
em direção a pensão,
curtindo minha fogueira
pisando duro no chão
Às esquerda, a Ezzzpraiada.
Às direita, várias mansão.

E quem conhece a região
sabe das encruzilhada.
Resolvi ascender o jasco
e dar umas sete tragada...
Pus a ponta na boca
procurei o isqueiro; nada!

Mas uma vez perdi
um izkêro na madrugada...
Parece uma maldição
que ronda os camarada
que senta em qualquer boteco
pra tomar uma cerva gelada. 

Não tinha um´alma na rua
e a pensão não tava perto.
Doido pra dar um tapa,
tive um pensamento lerdo:
"Ascenderia essa baga
até no fogo do inferno!"

Infiei o beck na bolsa                                                                                                                    
e peguei o celular,
pra ouvir uma moda
do Chico Rei e Paraná
que eu axei na internet
e fikei feliz em baixar

Ouvindo minha seresta
uma figura fui enxergar.
Estava no ponto do ônibus
esperando eu sei q lá.
E quando eu tava passando
ele veio me interpelar:

"Você não tem um cigarro
que possa me arrumar?"
Eu disse: "Cigarro eu tenho
mas fogo não posso lhe dar.
Se você tiver um iskêro
minha vida vai salvar".

Só então eu reparei
na figura à minha frente.
Sua tez era branco-mármore
e tinha olhos de serpente.
Um cavanhaque emoldurava
um sorriso reluzente.

Ele disse: "Eu tenho o fogo
da paixão de toda mulher.
Tenho o fogo da fortuna
que compra o que você quiser.
E o fogo da juventude
que só envelhece quem quer."

Ouvindo essas palavras
eu pensei com meus butão:
"Ou esse cara é um ET
ou ele tá muito doidão."
Disse a ele: "Ô Meu Velho...
você tem o fogo ou não?

Fica aí com esss conversa                                                                                                            
de destino e mulherada...
E sí cê tá esperando o busão...
essa hora num passa nada!
Tome logo seu cigarro
e ascenda o meu pra caminhada."

Ele deu uma risada
e do paletó tirou
uma lâmpada daquelas
que o Aladim falou.
E num estalar de dedos
um fogo dela brotou.

Era uma chama azul
que dançava pra lá e pra cá.
Eu olhava pra chama e pra ele
sem Pará de perguntar:
"Cê é mágico ou é o kpeta?
Diga sem pestanejar!"

Ele disse: "Eu sou o segundo!
E ouvi o que você pensou
quando pra fumar "cigarrinhos"
sua vida cê doou.
E até da minha quebrada,
de certa forma cê zuou.

Ascenda seu "cigarrin"
na lâmpada maravilhosa.
Terás fama e dinheiro...
uma vida bem ditosa.
Cercado de muitos amigos
e varias mulheres gostosas. 

Eu olhei à minha volta...
as luz dos poste sumiu!
senti o xêro do enxôfre
a temperatura caiu
olhando a chama bruxulenta
eu senti um arrepio. 

Disse a ele: "Vá de reto                                                                                                                                 
com a sua tentação.
Teu fogo não me alumeia!
Vá de reto danação!
Rezo-lhe o Creio em Deus Pai
que acaba com sua intenção!"

Aí eu ouvi um pipoco
e vi fumaça levantar.
Corri ligêro pra casa
e me pus a rezar.
E juro que daquele dia
eu nunca parei de fumar...

Essa é as rima pobre
que bolei em alto astral,
contando do meu encontro
com o sobrenatural.
E pra comprovar o fato
toda história de diabo
tem um pipoco no final.



                                             
                                                                                                                                                                                           

terça-feira, 10 de agosto de 2010

essa é uma tradução que eu fiz, a pedido do querido Tiago, de uma poesia do
poeta americano John Godfrey Saxe (02 de junho de 1816 - 31 de março 1887).
ele se inspirou numa parábola oriental muito antiga, com origens no sufísmo.
espero que gostem...




haviam seis homens do hindustão,
inclinados muito ao saber,
que foram ver um elefante
mesmo sem a faculdade de ver.
queriam apenas com a observação
suas mentes satisfazer.

um,chegando ao elefante,
contra a lateral se bateu.
tateando seu flanco largo
disse como em apogeu:
"sem mistério, o elefante
é um muro que alguem ergueu.

o segundo , tocou a presa
e disse com confiança:
"redondo, liso e afiado...
poderosa é a semelhança
que o prodigioso elefante
tem com a esguia lança.

o terceiro foi ao elefante
e logo fez sua manobra.
pegou a tromba do animal
e disse com certeza de sobra:
"eu falo só o que vejo;
o elefante parece uma cobra."

o quarto tocou avidamente
um pouco acima do joelho.
"esse maravilhoso bicho,
vejo claro como um espelho...
é sabido que o elefante
com uma arvore faz parelho."

ao quinto, coube a orelha.
ele disse:"até de pileque,
eu nunca que negaria,
pro idoso ou pro moleque,
que o maravilhoso elefante
se parece com um leque.

o sexto se preciptou
a tatear o elefante.
pegando no rabo do bicho
disse no mesmo insatante:
"posso ver que essa fera
é parecida com um barbante."

Os seis cegos do hindustão
criaram um grande enfado.
cada um com uma "visão",
estavam totalmente errados
e ao mesmo tempo estavam certos
naquilo que tinha notado

sábado, 7 de agosto de 2010

Elas


Ela quer te entrelaçar.
Eu, conversar.

Ela quer ter amordaçar
e fazer de ti o amor só dela.
Eu, apenas admirar
suas palavras singelas.

Ela quer que você
pare de beber
e que acredite em Deus.

Eu, quero embriagar-me contigo
ate esquecer...
E agradeço a Deus
por quase te ter.

Ela quer que você a proteja
e a faça acreditar.
Eu quero domar-te
e beijar-te até cansar.

Impossível é separar
ela de mim.
Pois somos o demônio
e o querubim.
Se ficares com ela,
então me aceite assim.

Pois ela e eu
jamais no separaremos.
Nem naquilo que chamam de fim...

Angelina Miranda

sexta-feira, 6 de agosto de 2010





Guizado


Tempos passaram.
Nos encontraram.
Eles nos alçaram.
Através dos olhares
percebemos tudo

Irmãos ligados pela carne.
Pela sinergia.
As palavras que eu nao decifro
 a minh´alma vibra

Foi hoje.
Nos reencontramos
depois de seculos.
E as flores ainda não murcham...


Parte feminina do Augusto...Angelinah
A primeira poesia.