quarta-feira, 15 de setembro de 2010

esse texto eu escrevi a algum tempo atras numa terça de manhã. até hoje, só tinha mostrado ele pro gunnar que, como tudo na vida, achou uma bosta e falou para que eu fosse fazer um cursinho.
nessa ultima segunda estive no binho e vi muita gente boa, entre elas minha querida 
gil marie, que é uma mulher bonita, forte e iluminada. ontem de manhã aconteceu-me quase a mesma coisa. correria pra todo lado e um certo nervosismo por ser do jeito que sou. tudo tem um preço.
aviso para a eletropaulo: banho gelado, só de cachoeira. filhos da puta!














foi assim que aconteceu:
eu tinha ido no binho na segunda a noite, tomei todas com o gunnar lá e só voltei pra casa na madrugada da terça. era mais ou menos dez horas da manhã quando eu acordei e, como de costume, quis ascender um cigarro. lembrei então que o meu dinheiro tinha acabado na noite anterior e eu já tinha começado o dia serrando cigarros. botei uma touca na cabeça e subi a ladeira em direção ao bar do cosme afim de comprar uns picados fiado. depois de ser gentilmente atendido, sai baforando um derby ladeira a baixo. foi na curva da ladeira que eu avistei o carro da eletropaulo. parado na porta da minha casa.
traguei o cigarro e continuei no mesmo passo e, pelo meio da rua, passei batido pelo carro e pela casa.
três contas atrasadas.
pensei comigo: "que se foda!". passados uns cinco metros da minha casa, ouvi chamarem meu nome. olhei para trás e, ja fora do carro, uma funcionaria devidamente uniformizada (tava até de capacete), me questionou: "você mora aqui?" eu disse: "não". seu rosto adquiriu um tom irônico e ela reptiu a frase com ênfase na afirmação: "você mora aqui!". dei o ultimo pega no cigarro, joguei-o  no chão e andei na direção dela com um sorriso mais irônico ainda."uau! vocês agora estão usando leitores de retina para identificar os caloteiros? mas ai...", falei já trancando o portãozinho que dava acesso a caixa de luz, "meu nome não é augusto. eu não moro aqui e sugiro que você passe mais tarde e fale direto com o proprietário, ok? té mais". já ia dando as costas quando a funcionaria falou: "eu vim cortar sua luz, augusto". me virei para ela e disse: "cortaê..."
numa velocidade incrível, ela se preciptou contra mim. pensei que fosse me bater. não tive a menor reação quando ela espalmou a mão sobre o meu peito e deu o sorriso mais lindo que eu já tinha visto na minha vida.
foi nesse momento que me lembrei dela. num breve momento, ainda sussurrei: "eu te amo!"
senti um forte choque elétrico varando o meu cérebro. morri ali mesmo na calçada, fulminado por um aneurisma.
malditos cigarros...

Um comentário:

  1. pô, é da hora esse texto, vai ver que o dia que vc me mostrou eu tava de mau humor, acontece muito hahaha

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muito obrigado por comentar neste blog. só não esqueça que a trema caiu e que berinjela é com J! não leve a mal. estou avisando para que você não passe vergonha na frente dos outros comentaristas.