quarta-feira, 15 de setembro de 2010

e essa foi a poesia que eu li lá no binho segunda . foi a primeira vez que eu a li.
escrevi esse cordel a pedido da lid´s, em mongaguá, quando eu tava com a perna quebrada.
ia ter um sarau n´ademar sobre o folclore. era agosto.
escrevi, mandei e ela leu lá. na época ela disse que o povo tinha gostado muito.
lá no binho gostaram também.
ei-la leila, leia:









RALOUÍN

o folclore brasileiro         
é rico de histórias e lendas.                               
e para alguns desses mitos
vou fazer uma oferenda.
ofertarei os meus versos;
quero ver quem é que aguenta...

o saci é um safado!
posso falar pra vocês
que a namorada dele
me falou que, certa vez,
ele chegou nela é falou:
"meu amor, fica de três..."

e a mula sem cabeça
também é outra descarada.
bem sabia que dar pro padre
ia causar um´arenga danada.
agora anda aí trotando
com a cabeça esquentada.

e o tal do lobisomem
só teme quem desconhece.
quando sobe a lua cheia,
pro mato ele desaparece....
já ando desconfiado
que esse lobo é uma lassie.

O negrinho do pastoreio
é tido como o protetor
dos que perderam alguma coisa;
perdeu; pediu pra ele: achou!
eu quero ver ele achar a grana
que o maluf desviou.

E a iara? pobrezinha...
procurou um rio que preste.
vendo tudo poluído
de sua realeza se despe.
hoje vive estudando
pro concurso da sabesp. 

até mesmo o curupira,           
um ser tido como místico,
procurou um ortopedista
e arrumou seu defeito físico.
hoje mora em manaus
e trampa de guia turístico.

e lá mesmo pra banda do Norte
tem mais um caso especifico.
o tal boto cor de rosa
não tem um dia pacífico.
toma sova toda hora
por ser cabra talarico.

mas a pior dessas figuras
que eu já vi até agora
é a loira do banheiro.
valei-me, nossa senhora!
tão feia como as moçoilas
que vagam na rua aurora.

e as nossas danças folclóricas,
reisado, catira e congada...
assim como a ararinha azul,
estão quase exterminadas.
todos querem ver cachorras
dando umas reboladas.

as brincadeira populares
também caíram no desleixo.
as crianças de hoje em dia,
vivem tudo fora dos eixos.
andam todas bitoladas
pela porra do playstation

e esse cordel folclórico
que fiz pra homenagear
nossas ricas referências
só vem solidificar
augusto, poeta fuleiro,
no folclore popular.


Um comentário:

muito obrigado por comentar neste blog. só não esqueça que a trema caiu e que berinjela é com J! não leve a mal. estou avisando para que você não passe vergonha na frente dos outros comentaristas.