segunda-feira, 18 de outubro de 2010



todos sabem que adoro filmes de terror e tudo que é ligado ao sobrenatural. 
ainda vou compilar os meus cordéis que tratam do assunto...
aproveitando essa onda 'vampirística' que assola a literatura, resolvi pitacar do meu jeito.
essa poesia me valeu uma 'catracada' de sérgio vaz que, ao ouvi-la no sarau, disse que não aguenta mais ver o nome dele envolvido em minhas fuleragens e que eu parasse de palhaçada se não ele ia me 'chamar no rodo'. kkkkkkkkkkkkkkkk
ô indio véio; não aguce a mente desse bufão... 
bem sabes que és o meu preferido e tudo que eu falo é brincando.rs
ainda escreverei odes louvando as mudanças que a cooperifa fez na minha vida.
pro bem e pro mal!     kkkkkkkkkkkkkkk
crianças: não tentem isso em casa. e nem em lugar nenhum!




sendo eu muito inxirido
nas arte de versejá,
eu nunca que fico inibido
na hora de declamá,
assim, para tanto ouvido
minhas venturas sem par.

certa vez aconteceu,
numa rua da quebrada,
de estar andando eu
e mais cinco camarada.
estavamos no apogeu
da mais linda madrugada.

a gente fazia piada
fumava maconha e ria.
só um tinha namorada,
o resto era da orgia.
mas assim, de noitada,
os seis eram confraria.

os buteco tava fechado.
e ninguém tinha dinheiro.
convoquei os aliado
afim de traçar roteiro.
eu disse: 'u distino certo
é nóis i tudo pru putêro!"

só quem fez objeção
foi o cabra comprometido.
não sei se por pura razão
ou se por sexto sentido,
ou por estar com o cartão...
previu que estava fodido.

foi logo dizendo:"parei.
me inclua fora dessa.
depois que eu me casei,
nem gosto dessas conversa.
dos putêro eu era rei,
mas a ela fiz promessa..."

caimos na gargalhada
ao ouvir tal disparate.
eu disse: "meu camarada;
não me venha com tatibitate!
dessa nossa caminhada
você tem que fazer parte."

ele tentou se esquivar,
mas a gente o coagiu.
"se for esse o motivo,
vá pra puta que o pariu!
seja um cabra mais altivo!
onde é que já se viu?"

o bróder ficou sentido
ao ver nossa idignação.
"como pode um individuo
abandonar os irmão?"
e dado por convencido
seguiu com nóis na função.

a gente pegou o bandeira
e descemu em santo amaro,
afim de tomar fogueira
num lugar não muito caro.
nóis tava no fim da feira,
mas fomos para o descaro.

invadimos o primeiro bordel
que apareceu na frente.
foi como chegar ao céu.
lá tudo era diferente.
me abordou um pitél
linda de costa e de frente.

a gente sentou na mesa
e pediu uma rodada.
grande foi minha surpresa
a resposta que foi dada:
"aceitem essa gentileza.
hoje aqui não paguem nada."

perguntei:"e as menina?
podem nos acompanhar?
ela disse: "ta lá em cima.
querendo posso chamar..."
eu disse: "ô minha linda,
demorô ducê ir lá."

a moça subiu as escada
e eu fique assanhado.
disse assim aos camarada
"eita que aqui é animado."
mal sabendo da cilada
que a gente tinha entrado

logo desceu pro salão 
umas dezessete véia
pensei ser alucinação,
mas a coisa era séria.
grande foi minha aflição
naquela cena funérea.

eu di um murro na mesa
e gritei: "isso é piada?"
não venha com essa vileza
pra mim e pros camarada.
viemos atras das princesas,
e não dessa veiarada.

a bela deu um sorriso
e disse assim :"meus amigos,
aqui nesse paraíso
vocês vão achar abrigo.
do contrario, lhe aviso,
vocês correm grande perigo.

essas dezessete damas
são todas rainhas vampiras.
deitem-se em suas camas
pra ver o que que elas vira.
se tornam lindas mucamas;
garanto que não é mentira.

toda a beleza delas
logo será restaurada.
cês deixem de xurumelas
e subam logo as escadas!
vocês vão é cumprir tabela
e nelas dar uma furunfada."

eu disse: "eu me recuso
a ser assim enganado.
isso é um grande abuso
comigo e com os aliado.
esse caso ta muito confuso
e eu tô ficando irritado.

as véia olhava pra gente
e dava uma estranha risada
com aquelas boca sem dente
e as cara tudo enrugada.
mas a coisa ficou deprimente
quando elas ficaram pelada.

ai eu fechei o olho
e falei:"vamu simbora!"
eu não entro nesse molho
nem esperando melhora.
se é pra escolher, eu escolho
é a gente ir embora agora!"

as véia deu um rugido
dum barulho gutural.
pensei:"tamu fudido!
as coisas vão muito mal..."
então, no salão foi ouvido,
o galo e seu canto matinal.

as véia se retrairam
e a moça ficou mofina.
meus amigos conseguiram
abrir logo as cortina
raios de sol refletiram
e mudaram a nossa sina.

saimos dali a milhão
e corremos até veleiros...
retomada a respiração
eu disse os meus companheiros.
"amanhã vou chamar o serjão
pra colá naquele puteiro..."

mas foi só uma piada
para findar a epopéia.
pois desde aquela roubada
eu mudei a minha idéia;
não chamo mais os camarada,
vou sozinho ver as véia.

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