sábado, 3 de março de 2012





QUEM SABE SE VALERIA
FAZER MINHA HISTÓRIA
OU A SUA?






agora pensando em dagmar e na sua vingancinha justificada, chego a lembrar daquela  vez que poderia ter acontecido de eu estar acampado a alguns meses na trindade e alguém ter me arrumado uns bicos nas pousadas de parati. dessa vez seria terça-feira e, atrasado que eu poderia estar, uma jovem senhora se dispusesse a me dar uma carona. ela bem podia se chamar gisela... ou vera... sei que a carona me livraria dos possíveis olhares fulminantes do patrão, quiçá da dispensa das funções que eu ali fizesse. lavar pratos e coisas assim... enfim. talvez fosse dali que vinha a verba das minhas cachaças e então eu tinha que ter um certo cuidado, né? e deu-se. nessa altura já seriam seis e meia da noite e eu deveria estar na pousada às oito. então subiríamos o deus me livre de boa, ouvindo um som, quem sabe pitando um, até chegar no trevo do patrimônio, onde ela teria dito que conhecia um atalho que varava umas quedinhas d´agua lá pros lado do vale da pedra branca. 'não! não!' diria eu de forma categórica, 'eu sei aonde é que você tá falando. vamos aqui pela BR 101 mesmo que é mais rápido.' então ela dava de ombros e seguiria pela estrada mesmo. talvez depois de uns dois quilômetros, um policial nos pararia no posto rodoviário: 'habilitação e documento, senhorita!" (isso é certo que ele diria.) 'olha seu guarda; eu tive um probleminha com o licenciamento e a minha carta de habilitação e o documento do carro estão lá em são paulo com o meu despachante.' vixi! eu ficaria quieto. o guarda pediria o RG dela e lá se ia pra casinha. ai eu diria assim: 'é verdade isso ai que você falou pra ele?' então ela começaria a socar o volante e dizer: 'eu sabia! eu sabia que não deveria ter te ouvido. a gente quer ajudar as pessoas e só se fode. eu disse que era pra gente ir lá pelo vale... eu disse!' perplexo, eu diria: ' se eu soubesse da situação dos seus documentos, nunca que eu pediria pra você vir pela BR. porque você não me disse que o carro tava sem documentos?' e seria bem nessa hora que ela viraria  com os olhos injetados em ódio e gritaria para mim: 'PORQUE EU NÃO SOU OBRIGADA A EXPOR AS MINHAS FRAGILIDADES PARA VOCÊ!'
quieto eu ficaria de novo ao constatar que eu estava diante de uma pessoa desequilibrada emocionalmente e sairia do carro sem fazer movimentos bruscos. aliviado, eu veria o guarda lá já vindo e dizendo que apreenderia o carro. então ela xingaria o guarda, eu, deus e o mundo. e essa seria  a hora de eu também meter o biruta e sair correndo pela estarda afora rumo a pousada.
essa fantasia ilustra bem o porque desse aborto na nossa história e por favor, dagmar, não me procure mais. isso não!

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