quarta-feira, 17 de agosto de 2011

meus filhos estão crescendo e me desobedecendo. eu já sabia que isso mais cedo ou mais tarde ia acontecer.
amo esses dois e eles sabem que faço qualquer coisa para que eles se contentem em estar em minha companhia.
mas tenho percebido que eles extrapolam nessa minha disposição e acham que eu sou o amiguinho da escola deles com quem eles zoam e fazem as piadas mais sacanas possíveis. crianças são cruéis por inocência.
e não é por falta de conversa, não...
davi persegue ágata como um pequeno t-rex. xinga de baixinha, atravessa a conversa dela só para vê-la irritada, quer as coisas que ela tá na mão e outras intransigências que não condiz com o que eu passo pra eles.
ai é aquela peleja: "paaaai, ó u davi." ai eu falo: "paaara davi!" e ele: "tô fazendo nada!".
quem tem mais de uma criança pequena sabe como é...
e esse ciclo rouba a brisa de um encontro já tão demorado que devia ser bacana para os três.
dentro dessa percepção, vou chamar eles na xinxa e impor certos limites que servirão para eles mesmos.
são eles que tem que se comportar ao meu agrado. e não o contrario. eu também sei ser ingrato.
não faz muito tempo (até porque não sou tão velho assim), eu que insistisse a um olhar mais severo de meu pai.
já sabia a reação da minha ação. pé de galinha nunca matou pinto...










CARLINHOS

                                                                                                                            
eaê meu pai?
como vai?
eu tô aqui nessa cidade
vendo muita insanidade
e morrendo de saudade
daquelas tardes
de cerveja e jornal;
aquilo era tão legal...
e eu não soube aproveitar.

fico imaginando você aí
perto do mar
e me vem na mente
tanta coisa que eu queria falar...

mas como usar palavras
arraigadas no fundo da alma?
precisa de muita calma.
e mais ainda; compreensão.
foi isso que você sempre fez, não?

com o seu jeito terno,
já me tirou do inferno.
com seu jeito gaiato,
desapertou o meu sapato.
com seu jeito bonachão,
trouxe paz pro meu coração....

aflito!
fico assim; não acredito!
nas barreiras que o mundo
impôs ao nosso roteiro.
das virtudes,
não sou o primeiro.
mas você sabe quais são elas...

e por ser como eu sou,
eu tenho as minhas sequelas.
e uma delas
é a saudade que sinto de ti.
de mim também sentes; bem sei.

desculpe se o envergonhei.
não tem um dia em que eu não remoa
aquela data malfadada... 

mas maior do que a dor
é o amor que sinto pelo senhor.
um dia chegaremos lá                                                                                   
e as ideías vão se encontrar.
somos um só ser.
você vai ver!

2 comentários:

  1. Uso das tuas palavras em outro contexto, eu sei, mas se fazem pertinentes pra expressar o hj pra mim mesma...
    São tantas guias abertas no meu computador, por querer reler os mais interessantes, outra pra procurar significados para palavras que não conheço
    São tantas brechas abertas no meu peito... as palavras tentam completa-las, mas nada melhor que uma afago pra dar alento as dores despertadas e alegrias revividas... dou um trago, pego outro café, a vida segue...

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muito obrigado por comentar neste blog. só não esqueça que a trema caiu e que berinjela é com J! não leve a mal. estou avisando para que você não passe vergonha na frente dos outros comentaristas.