segunda-feira, 30 de julho de 2012

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quarta passada foi o dia do escritor e, claro, seria um dia como outro qualquer se eu não tivesse ido na cooperifa (lugar que gosto muito) e visto marcelino freire (de quem sou fã) recitando uma poesia muito engraçadinha onde ele dizia matar o próximo cabra que nele chegasse perguntando como faz para publicar livro e qual acessoria de impressa certa a ser contratada para melhor aparecer. ri à vera com o texto dele, mas fiquei inibido em lhe perguntar depois como eu faço pra lançar o meu livro.
a literatura na quebrada vem recebendo uma boa visibilidade por conta dos saraus periféricos que vem acontecendo quase que diariamente, mas ainda há vários pontos a serem superados pelos nossos escritores.
o primeiro, que eu acho, é a qualidade dos escritos. dada a dita visibilidade e algumas facilidades, muitos são os lançamentos que, como diz o mano brow, só faz peso na terra. ai alguém diz pra mim: 'já somos tão criticados... não precisamos de críticos. a academia vai ter que nos engolir!' concordo; em partes.
que a critica venha de nós para nós. que não fiquemos no tapinha nas costas e nos aplausos mecânicos à quem nem sabe que o seu livro é ruim. outro ponto que devemos atentar é a produção e a comercialização do material. já foi o tempo que o poeta vendia suas obras mimeografadas nas mesinhas da vila madalena. hoje da pra manguear nos muitos saraus que acontecem em são paulo e até com lançamento!
mas ainda falta uma orientação aos escritores no sentido técnico da coisa. a agência solano trindade fez um grande trabalho no  livro "manda busca' do luan luando. um exemplo do que pode estar sendo feito no âmbito comercial. existem ai outros tantos pontos a serem tocados para que a coisa alavanque e todos os artistas de talento da quebrada (que são muitos) possam se defender com o seu material sem se curvar ao sistema.
até porque, a politica vigente das grandes livrarias hoje de obter o livro consignado à 50% do preço de capa com prazo de 90 dias para pagar é um tanto agressiva. ninguém precisa disso. e esse acordo pro livro ficar de lombada lá na prateleira. se quiser aquela pilhinha na mesa central, ainda tem que pagar a ação.
ééééé, marcelino...  o bang é doido. rs.
e eu, poeta fuleiro que tem rascunhos para uns quatro livros (que não vale um), pensei essa oração para são francisco de sales, dito padroeiro dos escritores, para que ele interceda por mim. e fé no café.





ó poderoso são francisco de sales,  chamado santo dos escritores, advogado das causas literárias, refugio dos sem inspiração, ordenador das ideias poéticas confusas, iluminais os humildes escritores sem editora . intercedei junto à jesus cristo nosso senhor para que a chama da imaginação não nos abandone. rogai ao poderoso nosso pai para que nossos textos atinjam o leitor. afastai-nos do clichê, da ideia pronta, do senso comum, do verso barato. fazei com que nossa pena não cesse de escrever obras ao vosso louvor e outros textinhos mais sacanas, já que ninguém é de ferro. vós sabeis o quanto sofre o coração de um escritor sem reconhecimento, sem prêmios, sem padrinhos, sem grana para a edição paga.
dai-nos a força e a perseverança necessária para empreender a difícil e pedregosa trilha do reconhecimento literário. e já que estamos aqui nos pedidos, afogue (lentamente) os críticos que nos caluniam no rio de enxofre borbulhante do inferno. principalmente aqueles que por insegurança, só incensam os já consagrados.
amém!

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