terça-feira, 26 de junho de 2012






eu sou a água clara
na boca do cangaceiro
em tudo que é fevereiro.
eu sou o cheiro de mar.

estou no vento poderoso
que vai movendo o veleiro.
sou o próprio contratempo.
eu torno tudo passageiro.

destilo línguas de fogo
qual passagem pro inferno.
queima, queima babilônia!
com mais lenha, eu sou eterno.

eu crio terra fértil
aonde comem os animais.
faço esculturas de barro
retratando os ancestrais.

matei hades e anúbis,
não poupei nem o diabo...
não sofrerei com a morte
pois conheço meu passado.

fui inicio turbulento,
hoje linha de chegada.
semente do universo;
voo e não deixo pegada.

fui explosão criadora,
gigante dos povos nórdicos.
costela fêmea de adão
e o famoso filho pródigo.

olho cego pra frente,
edifico a minha estrada.
tenho nada, sou tudo;
ao ter tudo, não sou nada.

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