quinta-feira, 28 de junho de 2012





essa música que voltou a tocar na festa é a mesma que ouço de longe, dos tempos que eu era menino.
é a mesmíssima música que não para, aqui e ali, pelas bordas da cidade, pelas vilas do interior e nos lugares aonde os pobres vão no fim do dia para saber como as coisas estão. 'é o paraíso!', dizem.
e vamos bebe-la, a cerveja quente!
mas esse garçom realmente está com um bafo desgraçado de mentira por debaixo de todas as histórias que ele diz. e quando dão o troco, vem junto umas moedas bem estranhas, tão estranhas que nos dias seguintes eu ainda as fico examinando e nunca elas vão pra frente quando eu faço caridades.
isso que é festa, ora se é! me divirto quando posso, entre a fome e a prisão.
tem que se aproveitar a festa para formar a personalidade, sempre desconfiando das coisas e das pessoas dessas horas. pensamos que elas, as coisas, vão falar e ai elas não dizem nada e vez em quando são tragadas para dentro da noite sem que compreendemos o que tinham para contar.
eu, pelo menos, é a minha experiencia.

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