sexta-feira, 27 de abril de 2012





foi num dia desses
que a três meses
eu não à via,
que ela veio pela via
e parou na minha
cara a cara.

saquei que ela
já bem sabia
o meu horário
e meu itinerário
que passa a porta
de um motel.

não sei se chamava roma
não sei se chamava paris
mas foi onde aquela santa
me levou próximo ao céu,
para me fazer feliz.

os mais fortes fluidos
trocados naquele período,
foi um ótimo cataplasma
na pergunta fantasma
que assombrava
o meu trimestre:
porque ela não vinha
se tinha sido tão bom
também nas outras vezes?
três meses
por quatro horas...
ora bolas!

de uma mulher dessa
não se puxa conversa.
ela é uma daiana,
que caça minha carcaça
nas ruas por onde passa.
uma deusa patcha mama,
soberana em me tirar
a contrariedade 
da cidade.

é a alma invisível da rua
que contempla-me nua
na surpresa
de uma esquina.

anjo-mulher-menina;
sou sua presa
na cidade estricnina.



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