sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ENQUADRO










tava eu na madrugada
curtindo a minha loucura.
quando virei a quebrada
dei de cara com a viatura.
estavam em três guardas
e foi tenso aquele instante...
a ordem então foi gritada:
'mão na cabeça, meliante!
e levanta logo a camisa (?)
se tu tá com algum flagrante,
nos poupe trabalho e avisa.'
felei num tom penetrante:
'tenho, sim, uns bang em cima:
tenho papel, caneta e rima
e uma mente fumegante.'

o guarda ficou bem irritado
e disse assim: 'cê tá todo pã.
com esse olho avermelhado
e dando uma de galã?
mostrou que estava armado
e quis pra mim se crescer.
e eu, sem ficar abalado,
me pus assim a dizer:
'sou tipo que não amarela
e não tenho porque tremer.
estou vindo da casa dela
cheio dos proceder.
minha droga é a paz.
a arma, meus ancestrais
e tenho mais o que fazer...

os macaco se emputeceram
e falaram que eu falo demais.
deixei eles de sombreiro
com mais uma ideia tenaz:
'eu sou é poeta fuleiro
na madrugada virado.
tava eu e uns parceiro
fazendo um improvisado.
façam logo seu trabalho
que eu tô um tanto cansado.
não me causem atrapalho
que eu sou bem informado.
eis aqui minha identidade,
sem arma, droga ou maldade...'
só ai eu fui liberado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

muito obrigado por comentar neste blog. só não esqueça que a trema caiu e que berinjela é com J! não leve a mal. estou avisando para que você não passe vergonha na frente dos outros comentaristas.