aponto meu lápis no asfalto
e no ato escrevo o que falta.
a minha letra esta brava!
o meus escrito não é bonito.
e desacredito que faça sentido
pra alguém, fora eu.
essa letra mesmo nasceu
apertada em um busão.
com fome e sem um tostão.
só me restou escreve-la...
'e dá para encher a barriga?'
eu lhe digo, gente amiga:
enche, sim, a barriga
desses reis da intriga
que dão um novo formato
ao velho capitão do mato;
a matéria esta no laço
e o artista no estrelato.
querem globo.
querem folha.
e não mais andar à sapato.
querem carro caro
e não depender de salário.
tá errado?
eu mesmo acho que não.
eu só acho que a arte
não deve de ter patrão.
isso influi na produção
e a deixa tendenciosa.
fica igual à essa joça
que eu fiz passando perreio.
poesia;
pra que é que tu veio?
não sabe que eu entristeço
ao ver que até a rua
tem um preço?
eu acho isso tão feio...
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muito obrigado por comentar neste blog. só não esqueça que a trema caiu e que berinjela é com J! não leve a mal. estou avisando para que você não passe vergonha na frente dos outros comentaristas.