terça-feira, 10 de agosto de 2010

essa é uma tradução que eu fiz, a pedido do querido Tiago, de uma poesia do
poeta americano John Godfrey Saxe (02 de junho de 1816 - 31 de março 1887).
ele se inspirou numa parábola oriental muito antiga, com origens no sufísmo.
espero que gostem...




haviam seis homens do hindustão,
inclinados muito ao saber,
que foram ver um elefante
mesmo sem a faculdade de ver.
queriam apenas com a observação
suas mentes satisfazer.

um,chegando ao elefante,
contra a lateral se bateu.
tateando seu flanco largo
disse como em apogeu:
"sem mistério, o elefante
é um muro que alguem ergueu.

o segundo , tocou a presa
e disse com confiança:
"redondo, liso e afiado...
poderosa é a semelhança
que o prodigioso elefante
tem com a esguia lança.

o terceiro foi ao elefante
e logo fez sua manobra.
pegou a tromba do animal
e disse com certeza de sobra:
"eu falo só o que vejo;
o elefante parece uma cobra."

o quarto tocou avidamente
um pouco acima do joelho.
"esse maravilhoso bicho,
vejo claro como um espelho...
é sabido que o elefante
com uma arvore faz parelho."

ao quinto, coube a orelha.
ele disse:"até de pileque,
eu nunca que negaria,
pro idoso ou pro moleque,
que o maravilhoso elefante
se parece com um leque.

o sexto se preciptou
a tatear o elefante.
pegando no rabo do bicho
disse no mesmo insatante:
"posso ver que essa fera
é parecida com um barbante."

Os seis cegos do hindustão
criaram um grande enfado.
cada um com uma "visão",
estavam totalmente errados
e ao mesmo tempo estavam certos
naquilo que tinha notado

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