me dei licença de te esperar.
esses dia fui num bar
só pra ouvir um som.
tava tudo muito bom
quando saiu, do nada,
uma moça aprincesada.
veio para o meu lado,
falando de secos e molhados;
e eu, nem dei atenção!
fiquei ali; firmão.
mas ela veio de sola...
sacou de uma viola
e tocou cascatina e nh´ana
e viu logo qual era a manha
de ganhar esse vadio.
me falou que tem um tio
que mora em cruz das almas,
e disse pra mim, muito calma,
de um jeito meio zen:
“não deseje pra ninguém
o q cê não quer pra você...”
aí eu vim perceber
que eu tava cansado se sono.
Mais triste do que o outono,
por querer ir adiante
com amor caixeiro-viajante:
“viaja na intimidade;
duro na realidade.”
enfim...
quis tanto ela pra mim,
que ela topou.
me tirou do torpor
dessa espera viúva.
bebo com ela a uva
que não nos deu dionísio
naquele domingo...
você lembra?
eu em Sapopemba
e você tava no pará.
melhor não lembrar...
só que essa de agora,
já trouxe melhora.
parece bobagem;
mas quando ela vem lá na laje
com seu violão,
tudo vira um turbilhão.
estrela pipoca no céu.
as paredes se cobrem de mel;
e tudo vira beleza!
me brota, então, a certeza
que finalmente floresceu
outro grande amor depois do seu.
tive sim.
tive enfim.
passam-se os anos,
persistem os enganos.
Maravilha!
ResponderExcluirSempre que posso, passo aqui para acalentar meu espirito... Junto todas minhas armas e parto para cima do inimigo... porque? não sou nego vendido!Ah! ia me esquecendo como é bom... Esse é meu blog favorito.Nele encontro todas as armas da paz e sigo cantando, compondo e sorrindo...
Parabéns por suas escritas!
seu waldir; que lisonjeio!
ResponderExcluiragradeço o comentário e espero sempre poder dar-lhe essa força com meus textos fuleiros.
aki...
será que estou confundindo o senhor com o geraldo da arte?
me corrija se estou errado.
forte abraço!